1. Qual a diferença entre o ecocardiograma transtoráxico e o transesofágico?
O ecocardiograma transtorácico é obtido aplicando-se um transdutor na frente do tórax. O ultrassom tem que atravessar diversas barreiras (pele, músculo, camada de gordura, osso, pulmão) até alcançar o coração, fazer a leitura precisa do seu estado e percorrer o caminho inverso de volta para enviar as informações ao equipamento para serem interpretadas pelo médico.Obesidade, posição das costelas, enfisema pulmonar, mamas volumosas podem causar dificuldades técnica na transmissão do ultrassom e enviarem informações imprecisas.
O ecocardiograma transesofágico é obtido posicionando um pequeno transdutor no esôfago (tubo que conecta a boca ao estomago). Como o esôfago se localiza imediatamente atrás do coração, o ultrassom faz um caminho bem mais curto e sem obstáculos gerando imagens mais claras e informações sem distorções. Além disso, a porção do coração mais posterior ao tórax que não conseguem ser visto ao transtoracico são facilmente identificadas ao transesofágico.
2. Esse exame precisa de algum preparo?
Não beba ou coma nada por pelo menos 6 (seis) horas antes do exame. Esse cuidado minimiza risco de vômitos e aspiração durante o procedimento.Se fizer uso regular de alguma medicação, ela deve ser tomada no horário correto com um pequeno gole de água.
3. Como esse exame é realizado?
Ao entrar na sala de exames você deverá seguir as orientações da enfermagem para se posicionar de maneira correta na maca (deitado sobre seu lado esquerdo com a mão esquerda debaixo da cabeça). Eletrodos de monitorização eletrocardiográfica serão colocados nos tornozelos e na mão direita. O ecocardiograma transtorácico será realizado caso não tenha trazido exame anterior recente.
Sentado na maca, de frente para o médico, você receberá explicações sobre o procedimento de anestesia local da orofaringe (garganta). Após anestesia, deverá deitar novamente na maca, agora de frente para o equipamento, sobre seu lado direito com a mão direita debaixo da cabeça e com o queixo encostado o mais próximo possível do peito. O transdutor será introduzido lentamente pela sua boca e posicionado na entrada da garganta. O médico solicitará que faça um movimento de sugar e engula a saliva e então o transdutor deslizará para o interior do seu esôfago. Não há dor, somente a sensação da presença da sonda. Durante o procedimento, receberá apoio para permanecer na mesma posição, evitando movimentos bruscos enquanto o transdutor estiver em seu esôfago.
4. Qual o risco do procedimento?
Perto de zero. A maior dificuldade enfrentada pela equipe médica e pelo paciente é a ansiedade frente oo desconhecido. Se você escutar atentamente as instruções e segui-las tranquilamente, o exame dura no máximo 15 minutos.
Há casos em que o paciente desconhece ter algum desvio na anatomia natural ou maior predisposição a engasgos e náuseas. A equipe médica esta preparada para imprevistos e, se após 3 tentativas a sonda não progredir, o exame será realizado em outra oportunidade. Lembramos que os portadores de doenças esofágicas não devem ser submetidos a esse exame pelo risco de sangramentos e perfurações.
5. E após o exame?
Como não foi feito nenhum tipo de medicação sedativa, você já pode retornar às atividades habituais.
Após o efeito da anestesia local, você pode ter algum desconforto ao engolir. Está liberado para ingerir sólidos após 1 hora. Evite comidas e bebidas muito quentes (chás, cafés, sopas ) nas próximas 24 horas.